segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Imagem retirada da CampanhaNa Floresta Tem Direitos: Justiça Ambiental na Amazônia”.

    Como dizia Mário de Andrade: "o brasileiro vive o Brasil e não o descobre", precisamos ler mais, participar  e interagir mais, pois só  podemos preservar, se realmente conhecermos nosso espaço. É com este propósito que o homem amazônida deve compreender suas raízes e agir, uma vez que os problemas ambientais concernentes à região Amazônica são gravíssimos. 
No livro de ouro da Amazônia, João Meirelles enfatiza que a "última grande área natural do Planeta está sendo comida por nós". Se realmente pararmos pra pensar, veremos que esse fato é evidente devido à carne bovina e a soja, (presentes em nosso cotidiano). De certa maneira, direta ou indiretamente, contribuímos para esse caos, uma vez que consumimos carne bovina, quase diariamente sem nos  darmos conta da origem do alimento. Será que o filé-mignon tão apreciado por nós é CARNE LEGAL, literalmente falando? Eis aí a questão? Vale a pena essa preocupação? E, para quem respondeu NÃO, é melhor não continuar essa leitura. A nossa finalidade nesta postagem é informar aos leitores a necessidade de consumir carne legal(para os que apreciam o alimento, é óbvio).
E o que é carne legal? É aquela proveniente do gado criado em fazendas legalizadas, que atendem às normas fundiárias, trabalhistas, sociais e ambientais. De acordo com o Ministério Público Federal até 2009, todo o  gado criado no Pará não seguia essas exigências: "A falta de controle dos governos estaduais e federal sobre a pecuária era total. No Pará, onde o MPF agiu primeiro para combater as ilegalidades do setor, não se sabiam nem o tamanho nem a localização das fazendas que criavam gado. A informação disponível sobre a pecuária vinha de bancos de dados sobre ilegalidade: era a atividade campeã em casos de trabalho escravo, a indústria que mais estimulava o desmatamento ilegal e muitas fazendas eram palco de assassinatos na disputa pela posse da terra." (www.carnelegal.mpf.gov.br)
     É imprescindível que todos assumam a responsabilidade ambiental, sejam os consumidores, frigoríficos, supermercados, empresas de calçados e acessórios, assim por diante, assinando o Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Destarte, a partir de 1º de fevereiro de 2010, só poderiam vender gado os fornecedores com inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Basta cumprir as normas e os problemas serão minimizados ou até mesmo erradicados. Sabemos que a Pecuária é uma das atividades que mais causam danos ambientais, tanto pelo desmatamento e queimadas, quanto pela contribuição ao aumento da liberação de gás metano. O dióxido de carbono- CO2 - liberado pelas queimadas e o Metano, liberado pelos gases (pum do boi) produzidos pelos milhões de cabeças de gado são altamente prejudiciais, devido contribuir para o aquecimento global .A  partir do momento  em que os frigoríficos assumirem um compromisso com a pecuária  sustentável , comprando carne somente de fazenda legalizadas e nós, cidadãos e consumidores conscientes, atentarmos para também, comprar somente a carne provenientes da legalizada, estaremos dando mais um passo para garantir a continuidade da vida na Terra.

Núbia Leão
Referências:
1- FILHO, J.Meirelles.O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta- RJ: Ediouro,2004.
2- www.carnelegal.mpf.gov.br


Devido à sua ampla biodiversidade, a Amazônia é palco de interesse nacional e internacional. Suas riquezas despertam os olhares mais gananciosos e aniquiladores.
Diante deste quadro, pretendo trocar informações com aqueles que também se preocupam com  a necessidade de utilização adequada e racional dos recursos naturais, afim de proteger nosso patrimônio das garras da cobiça e indiscriminada.

Amazônia na veia

Blog  direcionado aos discentes do ensino fundamental e médio, das disciplinas de Estudos Amazônicos e Sociologia.
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