terça-feira, 30 de outubro de 2012

A última avaliação se aproxima e precisamos nos dedicar ativamente às atividades propostas.
A interpretação dos versos da música "Saga da Amazônia" de Vital Farias foi a primeira atividade proposta para o 9º ano. Neste bimestre trataremos do tema: Conflitos agrários- expropriação e conflitos na Amazônia, e, para introduzir a unidade solicitei aos discentes que interpretem os versos, informando sobre o principal problema enfatizado nos versos da música:

"No lugar que havia mata, hoje há perseguição 
Grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão.
Castanheiro, seringueiro já viraram até peão 
Zé de Nana tá de prova, naquele lugar tem cova 
Gente enterrada no chão:
Disse um castanheiro para um seringueiro 
que um estrangeiro roubou seu lugar".  
(Saga da Amazônia, Vital Farias)
Bom estudo!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Rumo à 3ª avaliação! É isso aí 8ª série, vamos mergulhar fundo nos estudos e melhorar as médias.
Leitura é imprescindível para uma boa escrita e interpretação. Espero que todos possam compreender que temos somente duas avaliações para finalizar o ano letivo, sendo necessário uma dedicação exclusiva aos estudos.
Segue  abaixo o material complementar para nossa 3ª avaliação bimestral.
Um abraço carinhoso à todos, boa noite!

 Dedicação e  força de vontade são essenciais para um bom desempenho e sua aprovação.
ESTUDE!!!!
                                                                      Profª.: Núbia Leão

ESTUDOS AMAZÔNICOS
Escola:____________________________________________________________
Profª.: Núbia Leão
Alun@:__________________________________________________ Nº_______
Série: 8ª/9º ano                     Turma:__________                Turno:____________
III- Unidade: Os grandes projetos na Amazônia.
Na avaliação anterior estudamos os primeiros projetos implantados na Amazônia: Manganês e Jari. Assim como eles, o Programa Grande Carajás, também trouxe grandes impactos ambientais para a região amazônica. Vejamos a seguir, o histórico do Projeto: ano, local, objetivos e consequências à região.

  • Programa Grande Carajás – PGC
O objetivo desse programa era o de instalar um conjunto de empreendimentos capazes de viabilizar condições de desenvolvimento sócio-econômico da Amazônia Oriental, extrair recursos minerais e florestais existentes na área e explorá-los de forma integrada e em grande escala.
A área do Programa Grande Carajás – PGC – de cerca de 900.000 km2 inclui terras dos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins.
  Você sabe por que o Programa Grande Carajás foi instalado na Amazônia? Isso ocorreu por que o local escolhido possui um enorme potencial de recursos naturais, tanto minerais (bauxita, manganês, ferro, ouro, caulim, cobre, salgema, areia, argila, etc.), como recursos florestais, pois a região possui grande áreas cobertas com florestas nativas que, atualmente, são derrubadas para extração da madeira e produção de carvão. O local possui grande potencial energético, como rios caudalosos, de grande extensão, que possibilitam a construção de hidrelétricas, infra-estrutura necessária para dar suporte aos empreendimentos mínero-metalúrgicos integrados ao Programa Grande Carajás.
Além disso, o Governo brasileiro através da SUDAM , concedeu ao PGC financiamentos especiais e isenção de vários impostos. Tais incentivos permitiram a compra, a baixo custo, de máquinas, equipamentos e outros produtos existentes no Brasil, assim como matérias-primas e equipamentos nacionais necessários à instalação e ao funcionamento dos Grandes Projetos.
É evidente que um programa desse porte atrai, também, um grande número de pessoas, da própria região ou de fora dela, que vêm em busca de uma oportunidade de emprego nas inúmeras obras que integram o Programa. Esta é uma força de trabalho de baixo custo que, muitas das vezes, é absolvida pelo projetos e depois dispensada, passando a viver de empregos informais, morando na periferia.
Na verdade, a acentuada exploração de recursos naturais da região, através do Programa Grande Carajás, não resultou na propagada melhoria de vida da população da região.
O Programa Grande Carajás inclui 3 grandes frentes integradas:
Ø Um conjunto de projetos mínero-metalúrgicos;
Ø Um conjunto de projetos agropecuários e florestais;
Ø Um grupo de projetos de infra-estrutura
No entanto, dentre essas frentes, chamamos a atenção pela sua importância econômica, para os Projetos mínero-metalúgicos e os de infra-estrutura.

MAPA 1- PROGRAMA GRANDE CARAJÁS  -  
GRANDES PROJETOS NO PARÁ

 FONTE:parahistorico.blogspot.com

Fazem parte do Programa Grande Carajás(PGC): Ferro- Carajás, Projeto Trombetas, Projetos de produção de alumínio(ALBRÁS, ALUNORTE e ALUMAR) e Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT).

Projeto Ferro Carajás 
Este Projeto está localizado na Serra dos Carajás, no sudeste do Pará, aproximadamente 200 km da cidade de Marabá, ocupando terras dos municípios de Marabá, Parauapebas, Curionópolis e São Félix do Xingu. 
O trabalho de prospecção mineral na região da Serra dos Carajás começou a ser desenvolvido em 1966 pela Codim, uma subsidiária da transnacional Union Carbide. A descoberta de importantes jazidas de manganês motivou uma outra transnacional do setor, a United States Steel – através de uma subsidiária, a Companhia Meridional de Mineração –, a iniciar um amplo trabalho de pesquisa na região. O resultado foi a descoberta de um imenso potencial mineral que inclui a maior concentração de minério de ferro de alto teor do mundo, além de importantes reservas de alumínio, cobre, níquel e estanho.
Em 1970 foi criada a Amazônia Mineração S.A. (Amza), fruto de uma aliança entre capitais estatais e transnacionais com vista à exploração e exportação de ferro de Carajás. A ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce controlava 50,9% das ações da empresa; a Companhia Meridional de Mineração detinha os 49,1% restante. O negócio foi desfeito sete anos depois: os baixos preços no mercado internacional desestimularam a United States Steel a participar do programa de investimentos necessário a exportação de ferro. Mediante a uma indenização de 50 milhões de dólares, a CVRD tornou-se a única empresa participante do Projeto Ferro Carajás.
No final da década de 70 a CVRD divulgou o documento Amazônia Oriental — Um projeto nacional de exportação, cujo o conteúdo era uma proposta de exploração global dos recursos da região. O documento delimitou a área de atuação do Projeto Grande Carajás.
O Projeto Ferro Carajás foi a ponta de lança desse amplo programa. A CVRD construiu e opera a Estrada de Ferro Carajás (EFC), que liga as regiões produtora do minério a São Luís, no Maranhão, numa distância de 890 km. À Portobrás coube a construção do Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, capaz de receber graneleiros de até 280 mil toneladas de porte. O projeto de exploração de ferro, gerenciado pelo capital estatal, foi incumbido de criara um “corredor de exportação” que atendesse também aos projetos privados interessados em se estabelecer na região. Atualmente, Carajás produz mais de 35 milhões de toneladas por ano. Um consócio japonês liderado pela Mitsui Steel é o principal comprador dessa produção.
O Programa Grande Carajás tem um impacto profundo na organização do espaço regional em todo sul do Estado do Pará e oeste do Maranhão. Os vultuosos investimentos estatais e privados, realizados em áreas de conflitos de terras envolvendo fazendeiros, madeireiras, posseiros e índios, adquiriram um caráter estratégico. Ao longo da ferrovia, foram criados núcleos urbanos que gravitam em torno das atividades de mineração, industrialização e transporte. O imenso território englobado pelo Programa e os espaços adjacentes, polarizados por ele, foram submetidos a uma gestão baseada em critérios logísticos. Carajás não é apenas um empreendimento econômico de exportação, mas também uma operação geopolítica de controle e estabilização de um espaço geográfico de conflitos.
MAPA 2- LOCALIZAÇÃO DO PROJETO FERRO CARAJÁS



Projeto Trombetas
A bauxita da Serra de Oriximiná, no Vale do Rio Trombetas, foi descoberta em 1966, pela Alcan, empresa canadense que está entre as seis grandes corporações mundiais do alumínio. Nos anos 70, o projeto de exploração do minério foi acelerado como reação aos esforços dos países exportadores, liderados pela Jamaica, para aumentar os preços internacionais do produto. O Brasil que não participava da associações dos países produtores de bauxita, tornava-se assim um elemento-chave para a estratégia das grandes empresas transnacionais.
Em 1975, foi criada a Mineração Rio do Norte (MRN), um consórcio de grupos estatais, privados e transnacionais para explorar a bauxita na região. Os principais acionistas da Mineração Rio do Norte são a CVRD (46%), a Alcan (24%), a anglo-holandesa Billiton-Shell Metals (10%) e a Companhia Brasileira de Alumínio, do grupo Votorantim (10%). A MRN produz mais de 6 milhões de toneladas de bauxita por ano, o que equivale a cerca de 73% da produção nacional desse minério.
O polo de exploração da MRN abrange a jazida, o porto fluvial do Rio Trombetas e a usina de
beneficiamento situada junto ao porto. Essa produção abastece os projetos Albrás-Alunorte e, de exportação de alumina e alumínio que se instalaram em Barcarena (PA) além da Alumar no Maranhão. Os projetos envolvem associação entre a CVRD e grupos econômicos japoneses que constituem a Nippon Amazon Aluminium Co. (Nalco) e fazem parte do Programa Grande Carajás. A energia elétrica de Tucuruí é vendida é vendida para essas empresas com 15% de desconto.

O lago de bauxita 
Embora os projetos falem em adotar formas de controle ambiental, o exemplo da Mineração Rio do Norte causa apreensão. A empresa que está produzindo 3,5 milhões de toneladas de rejeitos por ano, previa inicialmente despejá-lo em uma bacia artificial especialmente construída para esse fim, mas, como a obra foi considerada cara, acabou jogando os rejeitos no Lago Batata, que hoje está sedimentado em 20% de sua extensão por um material extremamente poluente.

MAPA 3-  LOCALIZAÇÃO DO PROJETO TROMBETAS


O Projeto Trombetas e sua articulação com os projetos de alumínio: ALBRÁS, ALUNORTE E ALUMAR
Os Projetos de alumínio ALBRÁS – Alumínio Brasileiro S/A –, ALUNORTE – Alumínio do Norte do Brasil S/A –, em Barcarena-PA, e ALUMAR – Alumínio do Maranhão S/A –, em São Luís-MA, funcionam articulados com o Projeto Trombetas (Oriximiná-PA), que explora a bauxita – matéria-prima do alumínio, produto de inúmeras utilidades no mundo moderno.
Apesar desse projetos estarem localizados em diferentes áreas, existe entre eles uma articulação, formando uma espécie de cadeia, na qual a bauxita do Projeto Trombetas é consumida pelo Projeto ALUMA e ALUNORTE. Este último, fornece, em seguida, a alumina para o Projeto ALBRÁS. Anteriormente à instalação da ALUNORTE (ano de 1995), ocorria o chamado “passeio da bauxita” por meio do qual essa metéria-prima, produzida em Trombetas, era exportada, transformada em alumina e importada, para a ALBRÁS, no Pará. A previsão, em 1997, era que a ALUNORTE exportasse 300 mil toneladas de alumina para o mercado externo, e fornecesse outras 700 mil para a ALBRÁS e 100 para Valesul, localizada no Rio de Janeiro.
Os baixos preços da alumina no mercado mundial atrasaram em quinze anos a implantação da ALUNORTE. Somente no inicio da década de 90 é que o governo do Estado do Pará e os empresários japoneses reiniciaram as negociações no sentido de colocá-la em funcionamento.
Mesmo não tendo sito instalada a ALUNORTE na década de 80, a outra fábrica do complexo, a ALBRÁS, foi colocada em atividade, importando alumina das Guianas, do Suriname e da ALUMAR, e produzindo alumínio primário na forma de lingotes, exportando, sobretudo para o Japão, através do Porto de Vila do Conde, em Barcarena.
O consórcio ALUMAR, localizado em São Luís, recebe a bauxita do Projeto Trombetas, transforma-a em alumina, e passa a abastecer, em grande parte, o Projeto ALBRÁS em Barcarena, além de produzir seu próprio alumínio, exportando-o diretamente para o exterior. 
A produção do alumínio, produto final da cadeia bauxita-alumina-alumínio, requer grande quantidade de energia elétrica. Essa foi uma das razões que levaram à construção da hidrelétrica de Tucuruí, localizada no Médio Tocantins, no município de Tucuruí-PA, que passou a abastecer de energia os projetos de alumínio e os demais projetos econômicos do Programa Grande Carajás. 
As grandes reservas de bauxita descobertas no Estado do Pará, precisamente nas regiões do rio Trombetas, no município de Oriximiná e de Paragominas, na bacia do rio capim, aliadas ao potencial hidrelétrico dos rios da Amazônia, levaram o Brasil a posição de exportador de alumínio, pois suas reservas de 4,1 bilhões de toneladas de matéria prima - bauxita -, eram ultrapassadas no mundo inteiro somente por dois países: Guiné e Austrália.
Para a implantação dos projetos ALBRÁS e ALUNORTE o governo brasileiro ficou com o compromisso de construir: a hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, que fornece energia elétrica com tarifa reduzida; o Porto; o núcleo habitacional e o acesso rodoviário. E, juntos os governos do Brasil e do Japão concederam, ainda, financiamentos com juros baixos e diversos incentivos fiscais.
O local do projeto industrial portuário ficou numa região de 19.000ha, chamada Ponta Grossa, no município de Barcarena, a 35Km de Belém, capital do Estado do Pará e trouxe vários problemas sócio-ambientais para a região.


A Usina Hidrelétrica de Tucuruí
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí  está localizada no rio Tocantins, município de Tucuruí, no Pará.
A construção da Hidrelétrica de Tucuruí começou em 1976 e foi inaugurada em 22 de novembro de 1984. A UHE Tucuruí é administrada pela empresa estatal Eletronorte. A Usina Hidrelétrica de Tucuruí possui uma potência de 8.370 mega-watts. Para gerar essa energia, conta com 12 unidades geradoras de 350 mega-watts, 11 unidades geradoras de 375 mega-watts e 2 unidades geradoras de 22,5 mega-watts. O vertedouro da barragem é o maior do mundo. A barragem tem uma extensão de 11 km. 
Criada com o objetivo de garantir autonomia energética à região, na verdade, a energia gerada está voltada principalmente para o abastecimento dos complexos de alumínio do Programam Grande Carajás. Abastece também a cidade de Belém e outros municípios do Estado do Pará e da região Nordeste.
Vários problemas ambientais foram causados pela construção da UHT na região. Grandes áreas foram inundadas, destruindo a fauna e a flora, expulsando moradores antigos, que tiveram suas terras invadidas pelas águas e, por isso, precisaram migrar para outros locais. 

 Impactos e consequências dos Grandes Projetos     
Os chamados grandes projetos tidos, pelo empresariado e pelo Governo, como fundamentais para o desenvolvimento da Amazônia, são, no entanto questionados pela opinião pública e pela comunidade acadêmica.
Será que eles trouxeram benefícios para a nossa região? Melhoraram as condições de vida da população local? A realidade nos tem mostrado inúmeras conseqüências negativas, as quais destacamos: 
Ø a construção de obras de infra-estrutura necessária ao funcionamento desses projetos (núcleos urbanos, rede energética, portos, rodovias, ferrovias, etc.) exigiu do Governo brasileiro a obtenção de empréstimos internacionais, com o conseqüente crescimento da dívida externa;
Ø exploração desordenada dos recursos naturais da região e conseqüente destruição do meio ambiente;
Ø desorganização da economia local, quando atividades econômicas tradicionais 
(como o extrativismo vegetal, a agricultura de subsistência, a garimpagem, etc.) vão sendo substituídas por atividades econômicas modernas, entregues as grandes empresas e a grandes grupos econômicos nacionais e internacionais;
Ø a implantação dessas novas atividades geradas pelos Grandes Projetos, com tecnologia sofisticada, recrutamento de técnicos do Centro-Sul e do exterior, não foi acompanhada de ampliação na oferta de emprego para a população local;
Ø mudanças nos hábitos e costumes do homem amazônico, que passa a sofrer a influência de novos valores culturais, econômicos e sociais. 

REFERÊNCIAS
1. BRANCO, S.M. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna, 1991.
2. MONTERIO, Alcidema(et.al.) O espaço amazônico: sociedade e meio ambiente. NPI/UFPA – Belém, 1997.
3-SILVA, Marlene de Deus. O Pará em questão. 3ª ed. Belém, 2002.
4- http://www.colegioweb.com.br/geografia/projeto-radam.html.
5- http://www.pontosbr.com/usina-hidreletrica-de-tucurui-tucurui-pa-139.html
6- http://www.mma.gov.br/port/conama/legi.cfm

ANOTAÇÕES
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quinta-feira, 10 de maio de 2012



A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA ATUALIDADE

A crise ambiental que vivenciamos atualmente é resultante de alterações humanas no meio.
Há algumas dezenas de anos, essas modificações eram limitadas às áreas mais densamente povoadas, mas atualmente atingem quase toda a biosfera.
Os problemas ambientais são evidenciados tanto no espaço urbano como no agrário, repercutindo na superfície terrestre de modo geral, a exemplo do aquecimento global. Infelizmente, os interesses econômicos ainda estão acima do cuidado e respeito ao meio ambiente.
Com o advento do capitalismo e a Revolução Industrial nos fins do século XVIII, o consumo dos países desenvolvidos foi impulsionado, favorecendo assim, o aumento da exploração dos recursos naturais dos países subdesenvolvidos: fornecedores de matéria-prima. O desenvolvimento desse industrialismo, incalculavelmente destruidor, provoca a poluição e a exaustão de alguns recursos minerais e florestais.
Na Amazônia, um exemplo claro é a Serra do Navio, no Estado do Amapá. Neste local, a exploração indiscriminada do minério de manganês durante 50 anos pelos americanos gerou a exaustão. Moral da história: a Serra do Navio é hoje uma “cidade-fantasma”, restando no local desilusões e perda total do minério, uma vez que foi transportado e armazenado nos Estados Unidos. A Amazônia ganhou como “prêmio de consolação”, imensas crateras no solo amazônico.
Geralmente atividades industriais estão relacionadas a problemas ambientais. SAMPAIO (2005) afirma que a Revolução Industrial provocou 2 facetas para a sociedade – O BEM E O MAL: “O espetacular desenvolvimento da indústria, alcançado ao longo do século XX, trouxe benefícios e prejuízos para a humanidade. Produtos industrializados como o avião, a televisão e o computador, sem nenhuma dúvida, são maravilhas do mundo contemporâneo. Por outro lado, a devastação das florestas, a poluição da atmosfera, rios e mares são o lado negativo desse avanço industrial”. Apesar de sua importância a satisfação das necessidades humanas, a indústria, as inovações tecnológicas e principalmente agroindustriais tem sido as maiores responsáveis pela degradação do ambiente.
MARX (1977) já havia previsto os efeitos desastrosos do capitalismo, pois ofereceria riscos para a humanidade, uma vez que os códigos do mercado levam a destruição da natureza. As transformações socioeconômicas promovidas pelo sistema capitalista influenciam não apenas as relações de poder entre trabalho e organização social, mas afetam a visão acerca da natureza e o modo de o ser humano se relacionar com ela. Não é a toa que o pensamento de Marx sempre foi sistematicamente ecológico.
Sabemos que os países desenvolvidos capitalistas encontram nos subdesenvolvidos a matéria-prima necessária para a fonte de suas riquezas. Àqueles, por sua vez, não se preocupam com os problemas ambientais causados por sua ganância desenfreada. Destarte, os problemas ambientais não são focos de discussão. Negam-se ao óbvio, como é o caso dos Estados Unidos que recusaram assinar o Protocolo de Kyoto. Este ato ratifica tudo o que foi mencionado anteriormente: assinar seria comprometer o seu desenvolvimento a qualquer custo, uma vez que o Estado Americano é um dos mais poluidores do mundo.
É necessária a participação ativa da sociedade a fim de evitar a continuação dos entraves ambientais. A educação ambiental tem a ver com a nossa relação dentro da sociedade, com qualidade de vida que temos e com a nossa sobrevivência. Daí, a necessidade de unificar o conhecimento de maneira que seja refletida a preservação do meio ambiente que é o espaço de manutenção da vida do ser humano, que tem que ser preservada com sustentabilidade, ou seja, desenvolver-se economicamente assegurando as necessidades do presente sem ameaçar a vida da futura geração.
A educação ambiental como um tema de preocupação mundial apareceu pela primeira vez na década de 70 através da conferência de Estocolmo. Em 1977, Tbilizi, ocorre a primeira Conferência de Educação Ambiental. O princípio básico é de que o ser humano precisa se apropriar e transformar o mundo natural. O ser humano só consegue transformar-se no decorrer dos tempos através de sua ação sobre a natureza. Ele tem o direito e a necessidade de intervir na natureza, caso contrário, seriamos iguais aos outros seres vivos que não modificam sua maneira de ser e viver através dos tempos. Ao mesmo tempo, porém, é necessário considerar a existência de limites éticos nesse direito de intervenção. Portanto, o conceito de sustentabilidade direciona a ação de homem para a permanência de sua espécie na terra, com qualidade e harmonia (SIOLI, 1985)
O grande desafio da Educação ambiental é ajudar a criar um homem ético, uma vez que a ÉTICA tem como essência os costumes, os hábitos adquiridos que são compreendidos ao longo do processo civilizatório. Portanto, não é algo natural e sim construído. O homem ético é aquele que reconhece ter obrigações para com a sociedade. É aquele que descarta e substitui a lei do mais forte. BRANCO (1991) aborda muito bem essa afirmação: “O homem ético aceita conscientemente, nos seus semelhantes, o direito à vida e o direito à liberdade, assumindo o compromisso de não eliminar a vida do próximo e de não restringir a sua liberdade: A liberdade de cada um se estende até o limite da liberdade do próximo, e esse limite tem de ser reconhecido eticamente, pois ele não é fixado pela natureza”. (pág. 106)
A sociedade atual necessita urgentemente pôr em prática esses princípios éticos de respeito ao próximo e ao meio natural. Muitas vezes, a ausência desses princípios por uma minoria, leva a destruição de uma nação inteira, a exemplo de uma série de bombas lançadas em países adversários.
Não se pode falar em desenvolvimento sustentável desassociado de ética, uma vez que aquele é um conceito que envolve compromisso entre objetivos sociais, ecológicos e econômicos e para haver uma certa harmonia entre esses objetivos é imprescindível a ética prevalecer. Conciliar DESENVOLVIMENTO, crescimento econômico com SUSTENTABILIDADE é um grande desafio da sociedade contemporânea, pois é tarefa bastante difícil, mas não é impossível.
O desenvolvimento sustentável busca simultaneamente a eficiência econômica, a justiça social e a harmonia ambiental. Mais do que um novo conceito, é um processo de mudança onde a exploração de recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento ecológico e a mudança institucional devem levar em conta as necessidades das gerações futuras (MAIMON, 1996:10). Assim, o objetivo geral do Desenvolvimento Sustentável (D.S.) é promover o desenvolvimento econômico sem deteriorar ou prejudicar a base que lhe dá sustentação. O D.S. só se concretizará de fato se o homem ganancioso “capitalista selvagem” se tornar um “homem ético” e consciente. Deve haver não só um compromisso, mas uma imediata coerência entre crescimento e manutenção da vida.
Mas até que ponto seria possível promover o desenvolvimento, nos moldes da atual economia de mercado, sem comprometer a qualidade ambiental?
Esta é uma indagação que precisa ser respondida agora, não podemos deixar para as próximas gerações se preocuparem.
É muito comum hoje ouvimos o termo: manejo florestal, que representa o conjunto de regras e métodos utilizados na exploração da floresta para gerar benefícios econômicos e sociais de maneira sustentável. Mesmo com um grande número de áreas obedeça a esses princípios, a utilização do manejo florestal ainda não conseguiu chegar à dualidade esperada: DESENVOLVIMENTO e PRESERVAÇÃO.
Segundo o Dossiê: Florestas sustentáveis, da Revista Horizonte (2006). “Dos 353 milhões de hectares de mata tropical existentes no mundo, fora das áreas protegidas (como parques e reservas) apenas 27% tem programas de manejo legalizados. E apenas 7% são, ao mesmo tempo, produtivos e sustentáveis”. Esses números demonstram que o ataque à floresta, principalmente, à Amazônia é brutal. A ilegalidade é muito freqüente, uma vez que desde os anos 60, a cobertura vegetal, como área equivalente à França já desapareceu na Amazônia pela ação de madeireiros, pecuaristas e atividades mineradoras.
Ainda que ações internacionais como: a conferência das Nações Unidas para o meio ambiente humano (Estocolmo, 1972); para o desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992); a conferência mundial sobre mudanças climáticas, como o Protocolo de Kyoto, em 1997; a Rio +10, em Johanesburgo, 2002 a fim de racionalizar as proposições e metas da agenda XXI, muito ainda precisa ser feito, uma vez que estas e outras ações só serão cumpridas de fato se o poder público, o setor empresarial e a sociedade civil organizada assumirem um compromisso tendo “a ética como base de toda regra de convivência racional e consciente”. (BRANCO, 1991). Neste sentido, a educação ambiental será efetivamente coerente na busca de valores mais adequados ao desenvolvimento sustentável quando o homem dispôs dos princípios éticos fortalecidos pela responsabilidade, humanidade e respeito ao próximo.

Postado por Núbia Leão.
Artigo referente ao curso em Educação Ambiental(2007)
CELLER – Faculdades / EDUCA – Educação Continuada para ser avaliado na disciplina: Ética e Meio Ambiente(Professor: Msc. Luiz Augusto Silva de Sousa)
P.S- Novas alterações em breve!
Forte abraço


REFERÊNCIAS
1. Branco, S.M. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna, 1991.
2. _______________. O desafio amazônico. São Paulo: Moderna, 1991.
3. MARX, Karl. O capital. Ed. Abril, 1977.
4. PARDO DÍAZ, A. A educação ambiental como resposta. Valores ambientais. In: _______ Educação ambiental como projeto. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
5. REVISTA HORIZONTE GEOGRÁFICO. Dossiê: Florestas sustentáveis: como aproveitar bem os recursos da mata. Nº 106 – Ano 19 – Agosto, 2006.
6. SAMPAIO, Francisco Coelho – Coleção geografia do séc. XXI – Redescobrindo o planeta azul: a terra pede ajuda. Ed. Positivo. Curitiba, 2005.
7. SIOLI, H. Amazônia – Fundamentos da Ecologia da maior região de florestas tropicais. Vozes, 1985.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Atenção alunos da escola Nª. Srª. do Rosário e Fernando Ferrari, o período de avaliação se aproxima e precisamos reforçar nossos estudos.
Lembrem-se: Dedicação e força de vontade são essenciais para um bom desempenho. Um forte abraço
Profª. Núbia Leão
Segue abaixo o material da disciplina Estudos Amazônicos da 8ª série do ensino fundamental:



ESTUDOS AMAZÔNICOS     2012
Escola______________________________________________
Prof.ª:Núbia Leão
Aluno(a):______________________ Nº____
Série: 8ª      Turma: _______
I- UNIDADE: A AMAZÔNIA E SUAS RELAÇÕES ECONÔMICAS

Texto 1: A Divisão Territorial do Trabalho.

A colonização europeia do século XV e, mais recentemente, o Imperialismo do século XX, impuseram às diferentes nações do mundo a economia capitalista. Definiu-se, assim, o que cada território deveria produzir, orientando-se a política econômica desses países. A partir de então, cada nação passou a ter papel específico na produção econômica internacional. Esse processo é chamado de Divisão Territorial do Trabalho, que passou a ocorrer a nível mundial e que, nesse caso, é também chamado de Divisão Internacional do Trabalho.
A produção econômica dos países passou a ser diferente, intensificando ainda mais a circulação de mercadorias, ou seja, o comércio. Isto ocorre porque nenhum  país do mundo consegue sozinho suprir suas necessidades internas, precisando, portanto, comprar no exterior o que não produz.
A  Divisão Internacional do Trabalho proporciona o enriquecimento dos países centrais e o empobrecimento dos países periféricos . A  razão é que o tipo de relacionamento estabelecido entre os países aumenta a  dependência e a desigualdade entre os mesmos, como também divide os países em exploradores e explorados, ou seja, países centrais , também chamados de primeiro mundo que lideram a economia mundial, como os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e países periféricos, também chamados do terceiro mundo. É o caso do Brasil, do México, das Filipinas, da Etiópia que voltam sua produção para atender, principalmente, aos países centrais, sendo por eles explorados.

Texto:  O papel da Amazônia na Divisão Territorial do Trabalho.
Qual o relacionamento da Amazônia com as outras regiões do Brasil e do mundo?
A Amazônia, no contexto internacional, exerce o papel de fornecedora de matéria-prima, destinadas à venda no mercado externo.
A Amazônia, a cada ano que passa, tem que aumentar a exploração de produtos naturais, pois o país precisa arrecadar recursos financeiros que se destina, por exemplo, ao pagamento de sua dívida externa.
Devemos lembrar que desde o período colonial, a Amazônia já tinha ligação comercial direta com o exterior. Exportava drogas do sertão para atender à produção farmacêutica e servir de condimento à  alimentação europeia, em troca recebia produtos manufaturados. Esse processo se intensificou ainda mais com a exploração da borracha.
Não é de hoje que a Amazônia se especializou em exportar determinados produtos naturais para o mercado internacional. Portanto, o seu papel na Divisão Internacional do Trabalho já foi estabelecido desde a época da colonização portuguesa.. A partir de 1960 , a Amazônia se integrou, efetivamente, ao mercado nacional e melhor definiu seu papel no contexto brasileiro, através de maior volume de exportação também de produtos naturais( borracha, madeira, peles, etc.) para o centro-sul do país
Outro papel que a Amazônia tem assumido com o restante do país é o de receber grande quantidade de imigrantes de outras regiões que estão densamente povoadas e com sérios problemas  sociais, deste modo, aumentando os já existentes na região.
Também não podemos deixar de citar o papel que a Amazônia tem para os investidores do centro-sul, que compram terras tentando ampliar seu capital. Mas, por outro lado, a aquisição de terras representa também uma garantia de empréstimo bancário e, ainda, serve como fonte de extração de produtos naturais.
Esses relacionamentos da Amazônia com outras regiões do Brasil e do mundo tem demonstrado a exploração contínua de seus recursos naturais. Isso assegura o enriquecimento de alguns grupos  econômicos nacionais e internacionais e não permite que a população local seja beneficiada, causando, assim, insatisfação que gera graves conflitos sociais.
Observe as tabelas e gráficos abaixo sobre as exportações da Amazônia:





No período de janeiro a agosto de 2008, a exportação brasileira atingiu                                                                                                                   130 bilhões de dólares. Juntas, a indústria extrativa e de transformação mineral contribuíram com 20% deste valor. Com US$ 12 bilhões em exportações, a participação da indústria extrativa foi de 9%. A indústria de transformação mineral contribuiu com US$ 14 bilhões para o total das exportações brasileiras, representando 11% do total.Tanto a indústria extrativa, quanto a de transformação mineral, têm uma participação maior nas exportações da Amazônia Legal. Hoje, a indústria extrativa mineral responde por 25% do total da exportação da região. A participação relativa da indústria de transformação mineral é de 21%. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, observou-se um crescimento de 48% na exportação da indústria extrativa e de 21% na de transformação mineral. Juntos, Pará e Maranhão, responderam por 26% da exportação da indústria extrativa e de transformação mineral da Amazônia Legal, cujo saldo da balança comercial foi superavitário em US$ 6,6 bilhões no período. As importações de minérios atingiram US$ 630 milhões e se restringiram basicamente a compras de carvão mineral, fosfato de cálcio, cimento e derivados de ferro e aço. Na pauta mineral, destacaram-se as exportações de minério de ferro, cobre e manganês. Os três juntos representam 89% da comercialização de minérios da Amazônia ao exterior. Na pauta de transformação, destacaram-se as exportações de ferro gusa, alumínio e alumina, que juntos representam 88% da exportação deste segmento. China, Japão e Alemanha são os principais destinos da exportação mineral amazônida, recebendo 49% do total das exportações. Em nível nacional, a Amazônia destaca-se pela participação do Pará como o segundo maior estado exportador de minérios, sendo seguido pelo Maranhão e Amapá que ocupam, respectivamente, a quinta e a sétima posição entre os maiores exportadores minerais do Brasil.


ATIVIDADES
1- De que maneira a colonização do séc. XV e o Imperialismo do séc.XX influenciaram na atual D.I.T?
2- O que você entende por Divisão Internacional do Trabalho?
3- Por que com a D.I.T, cada vez mais os países centrais enriquecem e os periféricos empobrecem?
4- Diferencie países Desenvolvidos dos subdesenvolvidos( cite 3 de cada)
5- Qual o papel da Amazônia na DIT?
6- Por que a Amazônia precisa aumentar a exploração de produtos naturais?
7- Por que o pael da Amazônia na DIT já foi estabelecido desde o período colonial?
8- De acordo com a notícia “ Exportações no Pará voltam a crescer”, a que se  deve o motivo do aumento das exportações?
9- De acordo com as exposições realizadas em sala e o estudo do texto, qual seria a melhor alternativa para que o Brasil deixasse de ser um país subdesenvolvido?
10- Analise as tabelas e os gráficos e responda:
10.a) Qual o minério mais exportado?
10.b)Quais os estados que mais extraem o minério de ferro?
10.c) Quais os principais destinos da exportação de minérios da Amazônia?
10.d) Em ordem crescente, cite os principais produtos exportados pela indústria de transformação mineral da Amazônia?
10.e) Em 2008, descreva os valores arrecadados com a exportação de minérios.





REFERÊNCIAS
1. BRANCO, S.M. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna,1991.
2. LOUREIRO, Violeta Refkalefsky. Amazônia e análise de problemas. Distribel, Belém, 2002.
3. MEIRELLES FILHO, João Carlos. Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do Planeta. Rio de Janeiro, Ediouro, 2004.
4. MONTERIO, Alcidema(et.al.) O espaço amazônico: sociedade e meio ambiente. NPI/UFPA – Belém,19971997
5. http://www.portaldamazonia.com.br


 Atenção alunos!!!!
 Aos discentes da 8ª série/9º ano do ensino fundamental das escolas Nª. Srª do Rosário e Fernando Ferrari: o período de avaliação se aproxima e precisamos focar nos estudos. Leitura é fundamental!
Segue abaixo, o material utilizado em sala. Lembrem-se: dedicação e força de vontade são essenciais para um bom desempenho! 
Um forte abraço, 
Profª. Núbia Leão


ESTUDOS AMAZÔNICOS     2012
Escola______________________________________________
Prof.ª:Núbia Leão
Aluno(a):______________________ Nº____
Série: 8ª      Turma: _______
I- UNIDADE: A AMAZÔNIA E SUAS RELAÇÕES ECONÔMICAS

Texto 1: A Divisão Territorial do Trabalho.

A colonização europeia do século XV e, mais recentemente, o Imperialismo do século XX, impuseram às diferentes nações do mundo a economia capitalista. Definiu-se, assim, o que cada território deveria produzir, orientando-se a política econômica desses países. A partir de então, cada nação passou a ter papel específico na produção econômica internacional. Esse processo é chamado de Divisão Territorial do Trabalho, que passou a ocorrer a nível mundial e que, nesse caso, é também chamado de Divisão Internacional do Trabalho.
A produção econômica dos países passou a ser diferente, intensificando ainda mais a circulação de mercadorias, ou seja, o comércio. Isto ocorre porque nenhum  país do mundo consegue sozinho suprir suas necessidades internas, precisando, portanto, comprar no exterior o que não produz.
A  Divisão Internacional do Trabalho proporciona o enriquecimento dos países centrais e o empobrecimento dos países periféricos . A  razão é que o tipo de relacionamento estabelecido entre os países aumenta a  dependência e a desigualdade entre os mesmos, como também divide os países em exploradores e explorados, ou seja, países centrais , também chamados de primeiro mundo que lideram a economia mundial, como os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e países periféricos, também chamados do terceiro mundo. É o caso do Brasil, do México, das Filipinas, da Etiópia que voltam sua produção para atender, principalmente, aos países centrais, sendo por eles explorados.

Texto 2:  O papel da Amazônia na Divisão Territorial do Trabalho.
Qual o relacionamento da Amazônia com as outras regiões do Brasil e do mundo?
A Amazônia, no contexto internacional, exerce o papel de fornecedora de matéria-prima, destinadas à venda no mercado externo.
A Amazônia, a cada ano que passa, tem que aumentar a exploração de produtos naturais, pois o país precisa arrecadar recursos financeiros que se destina, por exemplo, ao pagamento de sua dívida externa.
Devemos lembrar que desde o período colonial, a Amazônia já tinha ligação comercial direta com o exterior. Exportava drogas do sertão para atender à produção farmacêutica e servir de condimento à  alimentação europeia, em troca recebia produtos manufaturados. Esse processo se intensificou ainda mais com a exploração da borracha.
Não é de hoje que a Amazônia se especializou em exportar determinados produtos naturais para o mercado internacional. Portanto, o seu papel na Divisão Internacional do Trabalho já foi estabelecido desde a época da colonização portuguesa.. A partir de 1960 , a Amazônia se integrou, efetivamente, ao mercado nacional e melhor definiu seu papel no contexto brasileiro, através de maior volume de exportação também de produtos naturais( borracha, madeira, peles, etc.) para o centro-sul do país
Outro papel que a Amazônia tem assumido com o restante do país é o de receber grande quantidade de imigrantes de outras regiões que estão densamente povoadas e com sérios problemas  sociais, deste modo, aumentando os já existentes na região.
Também não podemos deixar de citar o papel que a Amazônia tem para os investidores do centro-sul, que compram terras tentando ampliar seu capital. Mas, por outro lado, a aquisição de terras representa também uma garantia de empréstimo bancário e, ainda, serve como fonte de extração de produtos naturais. 
Esses relacionamentos da Amazônia com outras regiões do Brasil e do mundo tem demonstrado a exploração contínua de seus recursos naturais. Isso assegura o enriquecimento de alguns grupos  econômicos nacionais e internacionais e não permite que a população local seja beneficiada, causando, assim, insatisfação que gera graves conflitos sociais.


    ATIVIDADES
1- De que maneira a colonização do séc. XV e o Imperialismo do séc.XX influenciaram na atual D.I.T?
2- O que você entende por Divisão Internacional do Trabalho?
3- Por que com a D.I.T, cada vez mais os países centrais enriquecem e os periféricos empobrecem?
4- Diferencie países Desenvolvidos dos subdesenvolvidos( cite 3 de cada)
5- Qual o papel da Amazônia na DIT?
6- Por que a Amazônia precisa aumentar a exploração de produtos naturais?
7- Por que o pael da Amazônia na DIT já foi estabelecido desde o período colonial?
8- De acordo com a notícia “ Exportações no Pará voltam a crescer”, a que se  deve o motivo do aumento das exportações?
9- De acordo com as exposições realizadas em sala e o estudo do texto, qual seria a melhor alternativa para que o Brasil deixasse de ser um país subdesenvolvido?
10- Analise as tabelas e os gráficos e responda:
10.a) Qual o minério mais exportado?
10.b)Quais os estados que mais extraem o minério de ferro?
10.c) Quais os principais destinos da exportação de minérios da Amazônia?
10.d) Em ordem crescente, cite os principais produtos exportados pela indústria de transformação mineral da Amazônia?
10.e) Em 2008, descreva os valores arrecadados com a exportação de minérios.

REFERÊNCIAS

1. BRANCO, S.M. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna,1991.
2. LOUREIRO, Violeta Refkalefsky. Amazônia e análise de problemas. Distribel, Belém, 2002.
3. MEIRELLES FILHO, João Carlos. Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do Planeta. Rio de Janeiro, Ediouro, 2004.
4. MONTERIO, Alcidema(et.al.) O espaço amazônico: sociedade e meio ambiente. NPI/UFPA – Belém,19971997
5. http://www.portaldamazonia.com.br

P.S- As tabelas e gráficos não foram postadas, pois estão no material de apoio e no caderno.







segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Imagem retirada da CampanhaNa Floresta Tem Direitos: Justiça Ambiental na Amazônia”.

    Como dizia Mário de Andrade: "o brasileiro vive o Brasil e não o descobre", precisamos ler mais, participar  e interagir mais, pois só  podemos preservar, se realmente conhecermos nosso espaço. É com este propósito que o homem amazônida deve compreender suas raízes e agir, uma vez que os problemas ambientais concernentes à região Amazônica são gravíssimos. 
No livro de ouro da Amazônia, João Meirelles enfatiza que a "última grande área natural do Planeta está sendo comida por nós". Se realmente pararmos pra pensar, veremos que esse fato é evidente devido à carne bovina e a soja, (presentes em nosso cotidiano). De certa maneira, direta ou indiretamente, contribuímos para esse caos, uma vez que consumimos carne bovina, quase diariamente sem nos  darmos conta da origem do alimento. Será que o filé-mignon tão apreciado por nós é CARNE LEGAL, literalmente falando? Eis aí a questão? Vale a pena essa preocupação? E, para quem respondeu NÃO, é melhor não continuar essa leitura. A nossa finalidade nesta postagem é informar aos leitores a necessidade de consumir carne legal(para os que apreciam o alimento, é óbvio).
E o que é carne legal? É aquela proveniente do gado criado em fazendas legalizadas, que atendem às normas fundiárias, trabalhistas, sociais e ambientais. De acordo com o Ministério Público Federal até 2009, todo o  gado criado no Pará não seguia essas exigências: "A falta de controle dos governos estaduais e federal sobre a pecuária era total. No Pará, onde o MPF agiu primeiro para combater as ilegalidades do setor, não se sabiam nem o tamanho nem a localização das fazendas que criavam gado. A informação disponível sobre a pecuária vinha de bancos de dados sobre ilegalidade: era a atividade campeã em casos de trabalho escravo, a indústria que mais estimulava o desmatamento ilegal e muitas fazendas eram palco de assassinatos na disputa pela posse da terra." (www.carnelegal.mpf.gov.br)
     É imprescindível que todos assumam a responsabilidade ambiental, sejam os consumidores, frigoríficos, supermercados, empresas de calçados e acessórios, assim por diante, assinando o Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Destarte, a partir de 1º de fevereiro de 2010, só poderiam vender gado os fornecedores com inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Basta cumprir as normas e os problemas serão minimizados ou até mesmo erradicados. Sabemos que a Pecuária é uma das atividades que mais causam danos ambientais, tanto pelo desmatamento e queimadas, quanto pela contribuição ao aumento da liberação de gás metano. O dióxido de carbono- CO2 - liberado pelas queimadas e o Metano, liberado pelos gases (pum do boi) produzidos pelos milhões de cabeças de gado são altamente prejudiciais, devido contribuir para o aquecimento global .A  partir do momento  em que os frigoríficos assumirem um compromisso com a pecuária  sustentável , comprando carne somente de fazenda legalizadas e nós, cidadãos e consumidores conscientes, atentarmos para também, comprar somente a carne provenientes da legalizada, estaremos dando mais um passo para garantir a continuidade da vida na Terra.

Núbia Leão
Referências:
1- FILHO, J.Meirelles.O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta- RJ: Ediouro,2004.
2- www.carnelegal.mpf.gov.br


Devido à sua ampla biodiversidade, a Amazônia é palco de interesse nacional e internacional. Suas riquezas despertam os olhares mais gananciosos e aniquiladores.
Diante deste quadro, pretendo trocar informações com aqueles que também se preocupam com  a necessidade de utilização adequada e racional dos recursos naturais, afim de proteger nosso patrimônio das garras da cobiça e indiscriminada.

Amazônia na veia

Blog  direcionado aos discentes do ensino fundamental e médio, das disciplinas de Estudos Amazônicos e Sociologia.
Vamos interagir!
Compreender a Amazônia desde a colonização até a atualidade.
P.S- Caso poste algum artigo, favor indicar a fonte. E, se utilizar algum texto deste blog, informe os créditos. Obrigada!